esse é um tema que me interessa muito. estou fazendo alguns artigos para a enciclopédia Barsa e me encantei sobretudo com o da Era do Rádio. descobri uns áudios maravilhosos de Orlando Silva na rede, quem quiser pode escutar.
hoje é a vez do samba e do choro. e aí eu vou com novos ouvidos descobrir os Novos Baianos. achei um site sobre música nordestina muito bom. a Universidade Federal da Bahia é um lugar muito importante pra música brasileira.
Tuco Marcondes na guitarra já valia a ida ao Canecão. fora isso, ótimos momentos no show, vendo esses dois nordestinos tão diferentes e de certo modo tão distantes encontrando seu ponto em comum. Fagner é uma surpresa sempre. Porque diabos um dia ele resolveu fazer aquele monte de canção romântica brega se tá na cara que até hoje ele sabe a diferença entre aquilo tudo e música boa? Só cantou as boas, com uma exceção, no show todo.
Zeca anda se inspirando no rei Roberto Carlos pra umas poses de lado com o pedestal do microfone. Canastrão que só :)). Admiro demais o jeito assumido do Zeca de fazer o que lhe dá na telha. Os dois são pedra de responsa e estão ali pra bancar suas escolhas. Quem duvidar do vigor criativo desses dois, sugiro que vá ver ao vivo pra sentir na pele.
no camarim, atrações à parte. Rossanna de Celso, empresária do Zeca, com seu disco interessantíssimo na gaveta, esperando lançamento. Parece que o Zeca tá devendo um arranjo ou algo do tipo. Aguardamos que ele lance a Rossanna. Ou vai marcar a touca de deixar outro alguém lançar?
Fausto Nilo, que eu não via há uns vinte anos. Sérgio Natureza nos reapresentou e eu aproveitei pra contar a dramática história do meu primeiro show solo (que quase foi o último), aos 19 anos, em que o Fausto fazia uma participação especial. Naquela noite fatídica, só se salvaram Elza Maria, Fausto e Petrúcio Maia. O resto foi tanto gol contra que a banda se dissolveu, teve gente (eu e Fábio Girão, o baixista) que ficou um ano sem tocar, Papito largou a guitarra e depois virou baixista do Aquarela Carioca, Cláudio Borracha largou a flauta e ficou sendo só geólogo, enfim, foi um trauma coletivo. Parece que o Fábio tem a gravação histórica dessa noite. A melhor parte dessa época foram as noites viradas na casa de Fausto, cantando madrugada afora.
Sérgio Natureza me fez o caô de me prometer mais uma vez uma letra pra musicar. Ele diz que não tem coragem de me dar uma letra. Já falei que acho que isso é conversa fiada, como ele pode ficar nessa frescura comigo, logo eu, que sou fã desde adolescente, quando nem sonhava que ia me profissionalizar como compositora? E ouvia Entre aspas na rádio Nacional FM, totalmente encantada, fora os mil socos na cara que levei depois com as letras dele. Mas eu sou paciente. Um dia ele me dá uma chance.
Lui Coimbra, encontrei também. Quero ouvir o disco dele, recém lançado!
vários outros amigos e pessoas bacanas, mas eu sou uma senhora com problemas de memória, demorei demais pra escrever, já viu. O show já faz uma semana!
ontem perdi o show por causa da chuva. mas que chuva? aqui em Niterói armou uma tempestade tamanha que eu fiquei assustada de pegar a ponte. Vi na Internet que a Defesa Civil estava de prontidão no Rio! Como sabia que os convites estavam liberados, liguei pra produção avisando, porque achei uma falta de educação horrível prender os convites e não ir. Puxa, pensei certo, mas podia ter ligado mais tarde... De um jeito inesperado, a chuva não choveu e o tempo abriu. E meus convites também abriram, foram dados a outras pessoas! Tentei reverter, mas não deu mais tempo.
fiquei com pena de não ver o show e os amigos todos que encontraria por lá. aproveitei pra dormir cedo e começar a estudar Structures of Singing, livro do Richard Miller sobre canto. É um livro em inglês muito completo e acabamos de formar um grupo de estudos na Internet para lê-lo. Quem tiver interesse nisso, dê uma olhada aqui.
ah, pra quem já leu o post passado: hoje coloquei fotos lá.
ontem fui ver o Moska no Canecão. ele mudou muito! está mais novo, mais simples, mais menino, mais entregue. chamou pra estarem com ele no palco um jovem músico nordestino que toca serrote, muito lindamente; um jovem músico latino-americano que usou uma simplória roupa azul e uma gravata listrada, afrontando graças a deus a pose do Rio zona sul e Mart'nália, aquele Erê concebido por Martinho da Vila.
pose é uma coisa que a gente inventa achando que vai precisar dela e acaba que ela é que precisa da gente.
as fotos dele mesmo refletido em torneiras, maçanetas, interruptores, em hotéis pela vida são de grande beleza.
encontrei parceiros queridos. Celso Fonseca saiu da Barra. Eba! Lucina prepara novo disco e me pediu letras, que já mandei, antes que seja tarde demais!
Kali C., Germana Guilhermme e Marcela Biasi sempre por perto. Fred Martins, que eu não via há tanto tempo, aguardo sem saber se pergunto ou não pergunto pelas letras que deixei com ele há um ano. Não perguntei :))) Eduardo Alonso! Puxa, conheço o Edu há mais de vinte anos. A gente estreiou juntos como fotógrafos, no mesmo desfile. Depois eu larguei a fotografia e ele seguiu, fazendo um trabalho da maior qualidade. Fotografou minha filha, ali na hora, uma foto muito linda. Tomara que me mande. Gosto muito dele. Pedro Luís, que baba na afilhada linda. Ela é doida por ele. Se acharam no Canecão, longe de mim, mas eu vi :))
Zélia Duncan, tão carinhosa comigo, com Bianca e com todos.
Arthur Dapieve, muito simpático, eu não o conhecia pessoalmente. Chico César, meu querido, puxa, ele fez show em Niterói aqui na praça de S. Domingos na 6a. passada e eu simplesmente... esqueci! troquei o dia, pensei que era sábado. Que pena. Show do Chico é sempre aula e eu perdi um do lado de casa!
Foi uma linda noite.
amanhã tem Zeca Baleiro e Fagner no Canecão. Zeca é um parceiro bacana, autor da melodia de Pisca, uma das músicas mais importantes do meu show. Fagner, os primeiros discos dele são marcos na minha vida.
querida Niterói, escrevo só pra te dar os parabéns e desejar mil felicidades. É um prazer tê-la como cidade e espero que isso seja só o começo de nossa amizade. Obrigada pela acolhida nesses sete anos em que moro aqui, pelas belezas, pelas praias, pelo céu, pela vista do Rio de Janeiro, pela música, pelos músicos, pela prefeitura do PT, pelo marido, sogra, cunhados e família, pelos vários parceiros que me deu desde quando eu morava ainda no Rio, pelas pessoas inteligentes com quem convivo aqui e que, como eu têm carinho por você. Eu fiz 43 em 2003 e você fez 430. Que os números nos tragam sorte. um grande beijo, sua amiga, su