o lançamento desse livro, da Patrícia Palumbo, com uma série de shows em SP, foi um dos eventos inesquecíveis da minha vida.
no Rio não vai ter show, mas vale a pena conhecer a Patrícia e levar seu autógrafo no belíssimo livro, documento super bem feito e bem humorado, uma delícia.
a Patrícia tem um programa de rádio diário, de grande audiência em São Paulo, pela Eldorado FM. O mesmo nome do livro: Vozes do Brasil. E tem um site bem completo, onde você pode até ouvir o programa.
mais uma dica para quem for ao lançamento: se você é um artista independente, leve seu material pra Patrícia. Ela escuta com cuidado e toca no programa as coisas de que gosta, sem jabá e sem politicagem, por amor à música mesmo. Se você não é artista mas é fã de um artista pouco conhecido, aja como muitas pessoas que se tocaram já estão agindo: apóie a arte que quer consumir, divulgue. Compre um disco de um artista que admira e leve pra Patrícia.
eu vou estar lá. Minha parceira Zélia Duncan já confirmou sua presença e também minhas queridas Rita Ribeiro e Verônica Sabino. Chico César, outro parceiro querido, ficou de aparecer se estiver no Rio.
Kali disse que não sabia o que dizer, está chocada com a morte do Almir.
eu também não sei o que dizer, e mais ainda, acho que a gente não tem mesmo que saber o que dizer.
já basta estar convivendo com isso, ainda temos que já saber o que dizer?
lembrei de uma letra minha que Germana Guilhermme musicou e que vai estar no meu próximo CD.
Vai lá Germana Guilhermme e Suely Mesquita
Não há um caminho certo
Não há um caminho só
Todo caminho é certo
Todo caminho é só
Leia José Saramago
Deite na beira do lago
Reze aos seres invisíveis
Resgate suas raízes
Vá ao psicanalista
Esteja perto dos artistas
Concorra pra deputado
Não corra, fique parado
Todo carinho é pouco
Todo cuidado é louco
Toda ingenuidade é sã
Todo dia tem manhã
Faça aulas de judô
Ensine pessoas a ler
Participe das campanhas
Passe as férias nas montanhas
Deseje que haja paz no mundo
Respire um pouco mais profundo
Ninguém sabe o que fazer
Você não tem que já saber
"ihhh adorei isso:))) bem, as letras que vc me deu estão na chocadeira, daqui mais um pouco elas começam a passar pelo seguinte processo: sento, tomo um café, pego o violão e lá vem uma melodia pousando sobre alguns poucos acordes... daí então digo assim pra mim mesma " acho que aquela letra combina com esta música", as chances de acerto são grandes e isso ainda não descobri porque. Então vou tocando, cantando e melhorando aqui e ali, mas sempre tem as que nascem prontas, de olho aberto...
o que virá por aí?"
ainda não tenho outras notícias dessas letras que Kali e Marcela pegaram recentemente.
composição é assim mesmo. Às vezes sai na hora, às vezes demora dias, meses, anos...
vamos ver.
enquanto isso:
meu parceiro Zé Rodrix , conversando comigo, me disse:
a gente vai ficando velho e custa cada vez mais barato, come menos, dorme menos, não gasta passagem porque caminhar faz bem pro coração.
virou um mote, tou fazendo a música. Será que vou terminar? Será que vai ficar pelo meio por anos a fio? A gente, que compõe, nunca sabe essas respostas. As criações tem movimento próprio.
falando em criação e em processo de composição, uma dica imperdível:
mmm...
agora mesmo, enquanto estou escrevendo, a idéia vai vindo...
sabe aquelas letras que deixei com Kali e Marcela?
Kali e Marcela, e se a gente fizesse as músicas em público? Colocasse o processo aqui no blog?
por exemplo: Kali escolhe uma letra.
a gente põe a letra aqui no blog pro povo ler.
aí Kali começa a fazer a música e vai contando aqui como vai indo, como está sendo. Quanto tempo demora, a que horas foi feita, quem estava junto, detalhes eróticos do processo, saca?
e o povo sexopurista, voyeurista que só, vai comentando, metendo o bedelho, dando idéia, palpite...
depois, a gente grava a música no MD e põe o resultado aqui no blog.
e os visitantes falam se gostaram ou não, se era isso que imaginavam etc.
só vai faltar a documentação em fotos digitais, mas isso alguns amigos podem ajudar.
que tal?
Zé Rodrix, meu parceiro querido, me ligou de São Paulo me dando um dá ou desce sobre uma letra que estou devendo.
Como estou na correria e só consigo trabalhar com dead lines, finalmente passei-o na frente da fila de gente que já tinha passado na frente dele (essa letra tá pendente há uns seis meses!) e terminei a obra. Mandei por email. Parece que vai entrar num lance aí que depois eu conto :))
Sexta feira fui a uma festa na casa do Osvaldo. Osvaldo tem uma casa lindíssima em Itacoatiara, uma praia maravilhosa aqui em Niterói. A festa foi curativa: dancei toda a minha raiva, o excesso de trabalho, o excesso de seriedade e tudo o que estava me chateando. Acordei levinha no sábado.
Aproveitei pra dar um belo arranque na organização do meu acervo de compositora. Preciso desse material organizado pra mandar pros cantores que me pedem músicas pra discos e shows. Estou com uns sete pedidos atrasados...
Por causa disso, acho que já contei que estou de retiro, dei um tempo de fazer show, não saio mais à noite durante a semana e acordo às 7:30. Parti de um universo de mais de 400 canções inéditas e agora estou em cerca de 250, cortei tudo e deixei só o que realmente gosto muito. Agora o mais complicado: organizar todos esses arquivos de áudio. Quase tudo já está registrado, mas muita coisa tem gravações caseiras iguais à minha cara. Não dá pra mostrar nem pra titia, sabe como? E tem também gravações maravilhosas, super bem produzidas, dignas de um disco, mas tá tudo misturado e na hora de mandar pro cantores levo dias pra achar o que quero. Então estou arrumando aqui.
foto Aroaldo Veneu
Hoje vieram me visitar Marcela Biasi e Kali C. Marcela tá finalmente mixando seu CD, que sai pela EMI em agosto. Me contou que a primeira música a ser mixada foi Mertiolate, minha com Kali. Espero que isso dê sorte :))) Ela e Kali pegaram uma letras pra músicas novas. Marcela me fez abrir a gaveta das letras manuscritas. Xi... Quase me perdi lá dentro, mas organizar isso é bem pra depois. Primeiro as canções que já tão prontas. E letras sem música, tem umas 300 já digitadas, ou seja, não tenho porque correr. :)))
ontem fui gravar Imaginária, minha música com Mário Sève.
essa música é uma beleza. Gravação emocionante, com o Quarteto Maogani.
o CD do Mário vai ser um acontecimento. Vai demorar, como essas coisas dos independentes. É um artesanato delicado e detalhista.
Imaginária Mário Sève e Suely Mesquita
E se eu abrisse essa cortina amarela?
E achasse um brinquedo, um amor?
se fosse assim, tinha uma fila nessa praça
era gente no meio da fumaça
a esperar sua vez.
mas se eu abrir essa cortina
e a maré vazar?
se for voltar pro mar
se fugir de mim
que espero
até depois da última costumeira tradição?
ninguém conhece o fim da canção!
de verso em verso
eu vou descendo como uma escada
num degrau não acho mais nada
no seguinte é só paixão
vem assim, só pra mim
diz que não
fica assim, só pra mim
diz que não quer ir embora
vamos lá fora
procurar pelas estrelas no seu coração
encontrar tudo em seu coração
só pra ver as estrelas em seu coração
quando essa cortina toda amarela
se contagiar com as cores dela
tudo vai começar
vão desfilar um por um
só pra nós
todos os sóis do universo
e vão se deitar em seus lençóis
pra nos convidar a embaraçar
nossos cabelos
e essa cortina amarela
já vai se fechar sobre nós dois
proteger
esconder
ocultar
pro mundo não nos olhar...
Há algumas semanas atrás, recebi uma mensagem do Evandro Mesquita me pedindo para musicar uma letra que faz parte de uma peça nova que ele escreveu com o Mauro Farias. Foi uma boa surpresa, adorei o convite! A peça é bem legal e está em ensaios. Fizemos tudo via internet. Letra pra cá, música pra lá, emails com observações, mudanças, até chegar à forma final. Eles gostaram do resultado e entrou na trilha.
Mandei meu CD Sexo Puro pro Evandro, que me escreveu:
"Salve, Su!
Teu CD chegou e escorreu risonho e redondo duas vezes no "paraibão" do meu escritório.
Me perdoe mas vou arriscar alguns comentários de orelhada e a queima roupa:
1- Raça pura na cultura é show. Levada e papo!
2- Violência que dá gosto ouvir. Gosto dos vocais.
3- Uma vela pra Deus e a outra também. Gosto da suavidade "Laurie Anderson", mas acho que um final mais curto fecharia melhor .
4- Legal o sex sax soprano e mordendo.
5- Chique p/ chuchu o suingue das tumbas com a delicadeza da sua interpretação e o francês com pingos de piano de cobertura.
6- Sapatinho de cristal é muito legal
7- Sexo Puro, gostoso como o titulo!
8- Samba pra que te quero... quem não gostar bom sujeito não é!
9- Muito legal, bons conselhos e me deu vontade de ir jogar futebol.
10- Feliz guitarra cool na saudade da memória. Na mosca, no ventre e no coração.
11- Acende, não apaga e puxa! Slide costurando a bela poesia dos passeios do coração. Assusta. ACHO QUE UM FINAL MAIS CURTINHO DEPOIS DO SOLO FICARIA MAIS PUNK E JUSTO SEM TANTA EPILEPSIA
12- Muito legal LETRA, LEVADA PILANTRA. gOSTO DA CRUEZA SACANA DELA, DO TAMANHO E DA CORAGEM DE UM VIOLÃO.
Parabéns, vc sabe contar as histórias, canta e compõe pra caralho.
Bjs. Evandro"
"De bossa em balada, de boi à embolada, de samba à moda de viola, chegamos a São Paulo. Vai ser no SESC Pompéia, uma celebração com nosso vôo de som, lançando o CD Todo Céu Pra Voar em novos ares.
O show, que começa com uma pergunta musical de Alzira Espíndola e Itamar Assumpção, apresenta o repertório do CD.
Num cenário de estrelas e nuvens, Rita Albano e Joana Carelli estarão dançando ao som da percussão de Flávia Thorga e de violões, viola e tambores de Betti e Luli.
Se você não estiver em São Paulo, avise os seus amigos de lá!"
15 de maio (quinta-feira) às 21:00h
SESC Pompéia - Rua Clélia, 93
ingressos R$ 10,00 * carteira usuários R$ 7,50
estudantes, idosos acima de 65 anos e comerciários R$ 5,00
hoje é a vez de Sérgio Brito, que ontem deu uma bela entrevista pra amigos no Globo.
Sérgio está com 80 anos.
A gente devia escutar mais as pessoas velhas.
Um dos fatores que dificultam isso é que não só poucas pessoas (estatisticamente falando) ficam velhas como, menos ainda, velhos permanecem pessoas. Qualquer um de nós tem centenas de oportunidades ao longo da vida para deixar de ser uma pessoa viva e apenas continuar em pé como um robô, desempenhando tarefas. Isso começa na juventude. Parece que a maior parte da população que chega aos 80 já andou aproveitando antes uma dessas oportunidades e tem pouco a dizer. Por isso quando uma Pessoa Velha resolve falar, eu páro pra escutar. Quero aprender isso, pois se conseguir chegar aos 120, como planejo, me proponho do fundo do coração a chegar lá sendo ainda uma pessoa viva. E já saquei que isso não é pra qualquer um, não quero dar mole. Deus me livre de virar desempenhadora de tarefas. E também me livre de morrer cedo. Amém.
3a. feira, no lançamento dos cds de Mathilda e Luís, encontrei um milhão de pessoas queridas.
Ryta de Cássia, Betti Albano, Reg Murray, Paulo Baiano, Carlos Fuchs, Paulo Brandão, Edmundo Dias, Suzie Thompson, perdi as contas.
Mathilda bateu os recordes de venda da casa em lançamentos.
Chico César, meu parceiro querido, estava lá. Eu o avisei e ele foi, gosta muito de Luís e de Mathilda. De quebra, ainda fez uma declaração pra Suzie Thompson, dizendo que adorou seu CD. Ele está no Rio produzindo o cd novo da Eliana Printes, que estava lá também, com Adonai. Fomos finalmente apresentados, muito simpáticos, vou mandar algumas músicas pra ela, embora provavelmente não dê mais tempo de entrar nesse CD.
Tenho mandado músicas pra vários cantores. Vêm novidades por aí. Já indo pra fábrica, os CDs de Pedro Lima e Marcela Biasi, cada um com três faixas minhas. Lançamentos em breve.
ASTRONAUTA DISCOS, LIVRARIA DA TRAVESSA
e o blog sexopuro têm a coragem de convidar para o coquetel de lançamento dos 2 malditos mais famosos do Brasil:
LUIS CAPUCHO com seu CD de estréia "Lua Singela"
e
MATHILDA KÓVAK com seu primeiro e último CD "Mahatmathilda - A Evolução da Minha Espécie"
06 . MAIO . 2003 . 19h
Livraria da Travessa
(Rua Visconde de Pirajá, 572 - Ipanema)
Fone: 3295 0002
Preço promocional de lançamento
Leia abaixo o release,
psicografado exclusivamente pela médim
Mahatma Churchill:
TRAVECAS NA TRAVESSA O noivado de Luís Capucho e Mathilda Kóvak, inventores da "Máquina de Escrever"
Maio, mês das noivas. Seguindo a tradição, os compositores Luís Capucho e Mathilda Kóvak, já unidos em matrimônio musical pela parceria da canção "Máquina de escrever", hit no dial, resolveram marcar a data de seu noivado e lançamento dos respectivos CDs, "Lua singela" ? produzido por Paulo Baiano - e "Mahatmathilda, a evolução de minha espécie" ? por Baiano e Carlos Fuchs, ambos crivados de grande elenco, marcando outrossim a rentrée do selo Astronauta, de Leonardo Rivera, para o próximo dia 06, terça- feira, às 19 horas, na Livraria da Travessa (Rua Visconde de Pirajá, 572), em Ipanema.
Tragam seus óculos escuros, porque a iluminação vai ser grande. Contam que um humilde torneiro mecânico, ao ouvir estes CDs, curou-se de uma unha encravada há anos. Uma modesta manicure do Cubango, por sua vez, conseguiu se tornar crítica musical. E ela própria, Mahatmathilda, logrou andar sobre duas patas da cozinha até o banheiro, enquanto Luis tornou-se o novo Roberto Carlos.
Mahatmathilda foi a única líder espirituosa a ter feito uma cirurgia transexual para o mesmo sexo. Agora, aproveitando que terá que trocar a prótese da cabeça do fêmur direito, fará nova intervenção para anexar um apêndice de outra natureza, para satisfazer os desejos não-convencionais do noivo.
Na ocasião, a futura noiva irá paramentada de Mahatmadame, por sugestão de sua filha do primeiro casamento, a compositora Mary Fê. Já o mancebo está em dúvida entre uma marinheira chique ou uma Carmen Miranda clean. Mahatmadame promete igualmente uma significativa doação ao programa Fome Zero: todo o seu estoque de moderador de apetite.
Venha, fiel, e traga seus chegados, para adquirir os primeiros CDs de auto-ajuda e auto-comiseração da canção popular brasileira, e celebrar a futura união do casal mais sem perna (sic) nem cabeça, do território fluminense.
terminou agora a festa de aniversário do Alê Porto, meu webmaster e querido marido.
foi muito legal.
Kali tocou de novo aquela música que eu falei, que se chama Invenção de Morel.
Saulo Santini tocou várias das nossas parcerias e também uma música com a Suzie Thompson.
ainda de quebra tocou Gilbertos Gis e Miltons Nascimentos das antigas.
além de vários amigos queridos, estava também Marcela Biasi, que se aproxima da reta final na produção de seu esperadíssimo CD pela EMI.
falando em antigas, comprei hoje por 1,99 nas Lojas Americanas um CD do Geraldo Pereira, com revista junto. Um dos presentes de aniversário.
ok, adorei, lógico. Mas como é que ficou o autor e os intérpretes? Será que alguém viu a cor dos direitos autorais?
terça feira, sensacional lançamento duplo dos CDs de Mathilda Kóvak e Luís Capucho, que finalmente estréiam em disco.
06 . MAIO . 2003 . 19h
Livraria da Travessa - Rua Visconde de Pirajá, 572 - Ipanema
Fone: 3295 0002
Preço promocional de lançamento