Cheguei ontem à noite de Campo Grande. O curso foi um sucesso. Belas vozes, artistas interessantes. Espero voltar logo. Percebi que há uma carência muito grande desse tipo de trabalho e vi o grande interesse dos participantes.
o curso aconteceu no auditório do MARCO, Museu de Arte Contemporânea, como vocês vêem nas fotos. A gente tinha um equipamento modesto de luz e som.
as aulas começavam com exercícios de aquecimento corporal, respiratório e vocal. Fiquei impressionada com o rendimento em tão poucos dias.
a cada aula, os cantores se apresentavam ao público, sozinhos ou em grupo.
tudo ótimo por aqui. A cidade é linda, as pessoas são educadas e interessantes, boas vozes no curso, alguns artistas bem promissores. Tivemos uma boa imprensa: três tvs, matéria de capa no maior jornal da capital, rádio. Há interesse na minha volta no próximo semestre, vamos torcer, estamos em conversações. Se você é de Campo Grande ou arredores e tem interesse nesse curso ou tem algum amigo que tenha, deixe um comentário. Seu interesse vai nos ajudar a argumentar com os patrocinadores.
cheguei aqui sábado à noite, para dar o curso VOZinVENTO. Fui super bem recebida pela Denise Krammer, ótima cantora e professora de canto daqui que me trouxe. A cidade é linda e as pessoas têm sido muito simpáticas. Ontem fui recebida pela família da Denise com um arroz de carreteiro e um leitão assado que me fizeram pensar: porque não existe ainda uma máquina de fotografar sabores?
ontem demos uma canja para divulgar o curso. primeiro fomos ao Bazar Central, um lugar lindíssimo, decorado no maior bom gosto, pena que não temos máquina digital pra colocar as fotos pra vocês. A dona, Linda, muito simpática. Na passagem de som, logo antes, com a casa ainda bem vazia, as pessoas que estavam pareciam muito interessadas, vieram falar comigo com carinho e curiosas pelo show. O público foi chegando, cheio de gente bonita e interessante. Mas então outro ambiente se estabeleceu e predominou. Denise falou algumas frases pra me apresentar e as pessoas, sentadas em mesinhas como num bar, nem viraram pra nós e nem pararam de conversar. Metade ficou de costas pra mim! A exceção era um grupo de quatro que estava bem perto do palco, muito atento e curioso. Achei um pouco estranho e falei com todos diretamente, bem simpática, mas a reação foi a mesma, ou seja, nenhuma. Cortei o que ia dizer e fui direto pra música. Deu no mesmo. Insisti um pouco, cantei seis músicas. Necas, era como se eu estivesse no rádio e não ao vivo. A última foi Líquida, um blues agressivo que fiz com Kali C. e que a Patrícia Ahmaral acaba de gravar lindamente. Uma pessoa da casa veio falar com a Sílvia da produção pra me avisar pra tocar a próxima mais baixo. Acho que tava atrapalhando a conversa :)) Mas era a última. Ninguém aplaudiu o final e nem sequer me viram saindo do palco. Um troço muito esquisito, porque foi prévio, antes de eu começar.
Aí fomos pra Confraria do Choro, um outro lugar, fundo de quintal, cheio, muito simpático, com um grupo tocando chorinho e foi bem gostoso. Outro ambiente, as pessoas de fato se sentindo bem ali e curtindo a música. Os donos, Jaqueline e Adriano, um casal de coração aberto e brilho nos olhos, só faltaram me pegar no colo. Como eu não tinha tido a idéia de mandar pra eles uma música minha pra que pudessem tocar comigo, cantei Sonho Meu, da D. Ivone Lara, com a Denise.
Foi bom viver essas experiências antes do curso, porque senti o tipo de ambiente que pode acontecer aqui pros cantores, vai me ajudar a dar aulas.